domingo, 18 de maio de 2014

Arte


'Eu não sei o que é arte. 
Eu não sei o que é bom ou não. 
Eu passeio. 
Eu flano. 
Eu não quero nada em particular. 
Há coisas que me intrigam e me perturbam. 
Para que algo se ative, é preciso que seja enigmático. 
E difícil também. 
Senão não é interessante. 
Não é excitante'.

Sylvio  Perlstein - colecionador

Ron Mueck

O escultor australiano que reside e trabalha na Inglaterra está com uma belíssima exposição no Museu de Arte Moderna do Rio até 1º de junho. 
Com proporções gigantescas ou menores que o tamanho natural das pessoas, as esculturas impressionam pela riqueza de detalhes tão naturais que só percebe que não são reais pois simplesmente não respiram!
Em uma das salas do espaço expositivo é exibido o documentário Still life: Ron Mueck at work, de Gautier Deblonde, feito no ateliê do artista mostrando todo o material usado e o processo de criação. É maravilhoso a calma, a dedicação e a delicadeza dele e de sua equipe, quase toda feminina, para compor os mínimos detalhes das esculturas. Fio a fio de cabelo...
Tem que ir cedo pois a exposição está lotando e o preço é R$ 15,00 a inteira e 7,00 a meia.
Vale muito a pena, sem contar que passear pelos jardins do MAM já é um programa e tanto!

Algumas imagens













Filmes

Duas 'biografias' de personalidades tão distintas uma da outra estão em cartaz nos cinemas da cidade.


1. Getúlio, de João Jardim.


O filme traz para o público os últimos e angustiantes dias do presidente Getúlio Vargas antes do suicídio, em 1954, que marcou para sempre a história do Brasil.
Tony Ramos merece um Oscar por seu desempenho tão forte e afetuoso. Ele é, definitivamente, um dos maiores atores brasileiros. A curiosidade pelos acontecimentos da época, é o que mais chama a atenção para podermos ver e entender o que aconteceu de verdade. O filme é lindo, com uma produção caprichadíssima, câmera, direção de arte, fotografia, elenco, tudo. 
João Jardim fez um filme que merece ser visto.


2. Yves Saint Laurent, de Jalil Lespert

Um jovem talentoso de apenas 21 anos, revoluciona a moda em Paris no ano de 1957. O ator francês Pierre Niney dá vida ao personagem com muito empenho, delicadeza e genialidade.
A crítica não gostou muito, mas eu gostei. Gostei das maravilhosas locações parisienses, dos incríveis vestidos e desfiles de moda, do elenco, do pop, da sensacional trilha sonora e da possibilidade, que só o cinema nos dá, de voltar ao tempo e viver junto a ousadia e os acontecimentos dos bastidores do mundo da moda. 
Pierre Niney arrasou como Yves Saint Laurent.

Memórias de um lugar chamado onde

Sempre gostei de Cora Rónai, jornalista que escreve no O Globo. Gosto por sua simplicidade feminina, por seus gatos, por suas viagens, por seus amigos (alguns também meus), e por sua incrível capacidade de saber TUDO sobre novas tecnologias desse nosso mundo digital. Fico pasma!
Sua mãe, Nora Rónai, de 90 anos, lançou seu delicado livro Memórias de um lugar chamado onde , em abril passado. Ela conseguiu nos transportar para todas as suas aventuras de infância, mocidade e vida adulta com muita sutileza. 
Nascida em Fiume, na Itália, que hoje faz parte da Croácia, ela nos conta com fotos, belíssimas aliás, a trajetória de sua família que depois foi para Budapeste, na Hungria, até chegar ao Brasil por conta da guerra e do nazismo.
Nora é arquiteta, nadadora e aventureira. Seu livro é um doce presente para esses dias frescos de outono. 

Plástico Bolha

Plástico Bolha é um jornal de poesia, de distribuição gratuita em 13 estados do Brasil, criado por alunos do curso de Formação de Escritor, da PUC/Rio, em 2006. 
É sempre uma surpresa folhear suas páginas e na edição de nº 34, Éber Inácio ganhou uma página que denominou "Relâmpagos". Escolhi alguns desses relâmpagos que de uma maneira ou de outra, alterou meu dia.

  • o aviãozinho só é aviãozinho por estar longe.
  • voltei a fumar só para ser proibido.
  • o melhor do exemplo é sua abreviação ex.
  • um elogio que não existe: nossa! Como você xeroca bem.
  • toda vez que entro no banco faço cara de mocinho.
  • é pela lua que a terra fica nua.
  • eu disse eu te amo justo na hora do estrondo dos trovões.