sábado, 2 de junho de 2012

Futebol


Frequentei muito o Maracanã durante o início dos anos 80. Sou do tempo em que o Flamengo tinha Zico, Adílio e Junior. Era a época de ouro do Flamengo. Imbatível!  Quando o Zico foi vendido para o Japão... foi uma choradeira. Nunca esqueci.
Eu morava pertinho do estádio do Maracanã e tinha um turma de amigos nas redondezas. Conhecíamos os porteiros e quando não tínhamos dinheiro para irmos aos jogos, o que acontecia quase sempre, um dos porteiros nosso amigo, deixava a gente entrar no início do segundo tempo. Subíamos a rampa em uma correria só. 
Ás vezes estava tão lotado que não conseguíamos nos infiltrar nas entradas das arquibancadas ou na geral, que não dava para ver nada! Mas estar lá e acompanhar os uhhss, óoosss, xingamentos e gritos, valia qualquer sacrifício. E na hora do gol?? Tudo tremia, era só emoção.
Adorava ficar ao lado da torcida Raça Rubro Negra, pois eles eram os mais animados, tinham as maiores bandeiras e respeitavam as moças. 
Sabe também do que eu mais gostava? De ficar lá em cima, no topo, para observar as pessoas, o gramado, o fim de tarde, as bandeiras, os fogos, as cores.... Eu percebi que lá você poderia ficar gritando que nem louca na hora do gol que ninguém prestava atenção em você. O Maracanã era um ótimo lugar para colocar os demônios internos para fora e gritar. Gritar com vontade. Era muito bom e quando o time ganhava então...
Já faz tempo que não tenho mais essa empolgação com futebol.  Só em copa do mundo ou quando meu ídolo, Ronaldo Fenômeno, jogava. Não entendo nada, não sei mais quem são os jogadores, só os famosos, claro, e por conta da família torcer cada um por um time, fui me afeiçoando aos outros. Igual escola de samba, sou Mangueira mas gosto de todas, exceto uma ou duas que implico.
No Engenhão eu fui uma vez para ver um show e não um jogo, mas quando o Maracanã ficar pronto eu quero ir lá conhecer. São muitas as histórias boas que tenho na lembrança de idas ao Maracanã, seja para passear, para ver jogo, show, papai noel, fazer prova, nossa...
Mesmo eu sendo uma carioca mangueirense e flamenguista, admiro os botafoguenses, vascaínos e tricolores, por solidariedade familiar. Mas o que sei, é que fiquei feliz com a saída do Ronaldinho Gaúcho do time. 
Já vai tarde.

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