sábado, 16 de junho de 2012

O planeta terra


Quando a Eco-92 aconteceu no Rio de Janeiro, há 20 anos atrás eu estava grávida. Morava no Flamengo e pude participar de alguns eventos que aconteceram no Aterro. Lembro das barracas de encontros e trabalhos, exposições, das tendas da espiritualidade, de um grupo de hare krishnas que passou por nós, do monumento no centro da cidade com um pouco de terra de cada país e lembro dos tanques de guerra pelas ruas para trazer a ordem e a paz para a cidade. Como esquecer a presença do Dalai Lama e Fidel Castro? Pensei: minha filha viverá em um mundo melhor.

20 anos depois, a Rio+20 discute o futuro do planeta e a transformação que ele e nós vivemos. 
Na Eco-92 não tinha nem internet... e hoje temos uma conferência totalmente digital e high tech. Palavras e termos como sustentável, biodiversidade, conexão, interatividade, consciência, inclusão social, reciclagem, educação ambiental e reaproveitamento, são as palavras de ordem do momento. 
A cidade está repleta de convidados, eventos, encontros e festas.
Mas chegou a hora de refletirmos sobre o futuro, a sociedade, a qualidade de vida e os caminhos que teremos que percorrer daqui pra frente. E torcer para que os acordos discutidos na Conferência tragam o melhor para a humanidade. Afinal de contas, somos mais de 7 bilhões de pessoas...

Darcy Ribeiro

Por conta das exposições da Rio+20, das conferências, pensamentos e debates,  a brasilidade entra por nossos poros de forma incontrolável e essa linda frase de Darcy Ribeiro, saudoso Darcy, resume todo o sentimento.

"O que eu tenho para o Brasil é exaltação de sentir de tudo que ele pode ser, vai ser, há de ser e de tudo que ele ainda não é. Eu tenho pena de nos meus anos, eu fiz tudo para o Brasil dar certo, eu tenho pena de que eu ando meio doentinho e posso até morrer e ficam vocês encarregados de fazer esse país, mas façam sem copiar ninguém, com as potencialidades do nosso povo, potencialidades que são imensas, com uma civilização tropical e uma civilização mestiça e sobretudo uma civilização humana que herdou dos índios essa capacidade, esse talento para o convívio dos negros, essa espiritualidade e dos europeus a tecnologia e a sabedoria européia. Nós estamos prontos para ser uma das civilizações do mundo".

Algumas imagens da Rio+20











O Filho Eterno

O Filho Eterno é um espetáculo teatral da Cia. Atores de Laura, em seu primeiro monólogo. A peça é baseado no livro homônimo de Cristóvão Tezza que foi adaptado para o teatro por Bruno Lara Resende. Daniel Herz dirige com maestria e o ator Charles Fricks nos faz pensar sobre ele e o assunto durante vários dias! 
Por isso ganhou inúmeros prêmios mais do que merecidos. 
O Filho Eterno transborda nossos sentimentos de todas as maneiras. 
Um belíssimo espetáculo em cartaz no Teatro Laura Alvim, todas as terças e quartas até o final de julho. Imperdível.

Os santos de junho


Junho é mês de início de inverno com as temperaturas mais amenas e civilizadas. Junho é mês de boas festas juninas, do dia dos namorados e mês dos três santos mais conhecidos da religiosidade popular. É hora de fazer uma simpatia, um pedido e até mesmo aquela promessa esquecida lá atrás....

Dia 13 - Santo Antônio de Pádua.
Um dos santos mais populares do Brasil, comemora seu dia sendo considerado o padroeiros dos casamentos, dos pobres, dos objetos perdidos e da prosperidade. Viva Santo Antônio!

Dia 24 - São João Batista.
Um santo polêmico, pregador judeu, batizou Jesus Cristo e foi considerado profeta. É o protetor das doenças infantis e das amizades. Viva ele!

Dia 29 - São Pedro.
Pedro foi um grande mestre e um dos 12 apóstolos de Jesus Cristo. Ele é considerado o protetor dos pescadores e dos guardiões. Amém!


sábado, 2 de junho de 2012

Futebol


Frequentei muito o Maracanã durante o início dos anos 80. Sou do tempo em que o Flamengo tinha Zico, Adílio e Junior. Era a época de ouro do Flamengo. Imbatível!  Quando o Zico foi vendido para o Japão... foi uma choradeira. Nunca esqueci.
Eu morava pertinho do estádio do Maracanã e tinha um turma de amigos nas redondezas. Conhecíamos os porteiros e quando não tínhamos dinheiro para irmos aos jogos, o que acontecia quase sempre, um dos porteiros nosso amigo, deixava a gente entrar no início do segundo tempo. Subíamos a rampa em uma correria só. 
Ás vezes estava tão lotado que não conseguíamos nos infiltrar nas entradas das arquibancadas ou na geral, que não dava para ver nada! Mas estar lá e acompanhar os uhhss, óoosss, xingamentos e gritos, valia qualquer sacrifício. E na hora do gol?? Tudo tremia, era só emoção.
Adorava ficar ao lado da torcida Raça Rubro Negra, pois eles eram os mais animados, tinham as maiores bandeiras e respeitavam as moças. 
Sabe também do que eu mais gostava? De ficar lá em cima, no topo, para observar as pessoas, o gramado, o fim de tarde, as bandeiras, os fogos, as cores.... Eu percebi que lá você poderia ficar gritando que nem louca na hora do gol que ninguém prestava atenção em você. O Maracanã era um ótimo lugar para colocar os demônios internos para fora e gritar. Gritar com vontade. Era muito bom e quando o time ganhava então...
Já faz tempo que não tenho mais essa empolgação com futebol.  Só em copa do mundo ou quando meu ídolo, Ronaldo Fenômeno, jogava. Não entendo nada, não sei mais quem são os jogadores, só os famosos, claro, e por conta da família torcer cada um por um time, fui me afeiçoando aos outros. Igual escola de samba, sou Mangueira mas gosto de todas, exceto uma ou duas que implico.
No Engenhão eu fui uma vez para ver um show e não um jogo, mas quando o Maracanã ficar pronto eu quero ir lá conhecer. São muitas as histórias boas que tenho na lembrança de idas ao Maracanã, seja para passear, para ver jogo, show, papai noel, fazer prova, nossa...
Mesmo eu sendo uma carioca mangueirense e flamenguista, admiro os botafoguenses, vascaínos e tricolores, por solidariedade familiar. Mas o que sei, é que fiquei feliz com a saída do Ronaldinho Gaúcho do time. 
Já vai tarde.

Vênus


No próximos dias 5 e 6 de junho, Vênus passará entre a Terra e o Sol. Segundo explicações da astronomia, o fenômeno ocorre em duplas separadas por 8 anos, afastadas por períodos de mais de um século.  Esse raro trânsito sempre foi usado para medir a distância da Terra até o Sol. A última vez foi em 2004 e o próxima será em 2117. Então, a hora é essa. 

Como na mitologia grega Vênus representa a deusa do amor, da beleza e da sexualidade, vamos aproveitar sua passagem para nos banharmos um pouco desse amor que vem por aí. 
Mesmo que você não more no Acre, em Roraima ou Amazonas, locais no Brasil de boa visibilidade para o fenômeno, não custa nada ficar ao ar livre, ir até a janela e olhar para o céu. Quem sabe caem algumas estrelas cadentes brilhantes de amor alvoraçadas pela passagem de Afrodite?
Quem viver verá.

Orquídeas em exposição










Atores de Laura

Desde que trabalho na Casa de Cultura Laura Alvim e passei a me envolver um pouco mais com as trupes de teatro, conheci a Cia. Atores de Laura, criada na Casa em 1992. Daniel Herz e Susanna Kruger foram os responsáveis por essa Cia. que cresceu, deu frutos e este mês de junho comemora 20 anos em grande estilo.
Com uma mostra no teatro Laura Alvim, de 8 de junho a 29 de julho, o público terá a oportunidade de ver os seguintes e premiados espetáculos:
Decote, O Enxoval, Adultério, O Filho Eterno e As Artimanhas de Scapino
Conversei com o diretor Daniel Herz sobre a importância desta data e a entrevista está no ar no portal da Secretaria de Cultura do Estado. 

Eles são incríveis, vale uma lida.

Filmes em cartaz


São muitos os filmes em cartaz na cidade, mas destaco três que emocionam, ou surpreendem ou enaltecem a alma.

Paraísos Artificiais, de Marcos Prado
Um filme sobre a juventude que gosta de música eletrônica e drogas químicas. Um  belo e reflexivo filme sobre essa juventude moderna dos grandes centros. Um verdadeiro festival de woodstock contemporâneo. Marcos Prado já tinha nos presenteado com o incrível documentário Estamira e agora, com Paraísos Artificiais. 

Sete dias com Marilyn, de Simon Curtis
O fenômeno Marilyn Monroe sempre fez parte do imaginário de quem não viveu a sua época. A loura linda, sedutora, maluquinha e cheia de mistérios em todos os seus inúmeros envolvimentos amorosos, transformou-se no maior mito do cinema americano. Morreu precocemente de maneira até hoje questionada. No filme do diretor Simon Curtis, a atriz Michele Willians incorpora Marilyn durante o set de filmagem de O príncipe encantado, filme dirigido pelo ator e diretor Laurence Olivier, em 1957. Uma delícia de ver e entender que certamente o resultado da vida de Marilyn não poderia ter sido diferente.

O Exótico Hotel Marigold, de John Madden
O elenco é primoroso e o diretor é inglês, o que para mim já é sinal de filme bom. O cinema inglês tem um humor muito diferenciado dos demais. A história se passa na Índia. Uma Índia rápida, pobre, suja, colorida, linda, moderna, antiga, tudo misturado e ao mesmo tempo. Diversão garantida.