domingo, 13 de novembro de 2011

Final da eleição


Se você ainda não votou no blog e deseja fazê-lo, esta é a última semana.
A análise será feita por juri popular (votos) e uma banca de análise de conteúdo.
Já que cheguei no 2º turno, vamos torcer!

Tudo vai ficar da cor que você quiser


Este é o belíssimo nome da exposição de pinturas de Rodrigo de Souza Leão, inaugurada no dia 9 de novembro no MAM - Museu de Arte Moderna. A história de Rodrigo é muito interessante e emociona aqueles que não conhecem nada ou apenas alguma coisa sobre ele.
Ramon Mello e Marta Mestre são os curadores da mostra que reúne 30 telas produzidas em 2009, durante os 3 últimos meses da vida de Rodrigo, no período em que frequentou as aulas de pintura na Escola de Artes Visuais do Parque Lage.
Rodrigo era carioca, poeta, escritor, jornalista e músico. A pintura veio depois. Após um surto de esquizofrenia, Rodrigo ficou 20 anos sem sair de casa. Os seus últimos meses foram dedicados as aulas de pintura.
Publicou 10 e-books de poesias, os livros Todos os Cachorros são Azuis (já adaptado para o teatro), em 2008, Há flores na pele, em 2001, entre outros.
Me roubaram os dias contados (2010) e O Esquizóde: coração na boca (2011), foram lançados após a morte de Rodrigo em 2009.
Não sou entendedora de artes mas sou sensível para perceber em seus quadros, uma explosão de cores, um traço nervoso e uma liberdade criativa contagiantes.
São lindos. Assim como seus poemas.

" ... quando também não gosto de definir em uma só palavra o que sou. Se o que sou é só uma palavra, é tão pouco. Gostaria de ser um milhão de coisas. É reducionista ser uma coisa só. "

"Tomara que exista eternidade. Nos meus livros. Na minha música. Nas minhas telas. Tomara que exista outra vida. Esta foi pequena para mim."


Ipanema - Horário de Verão








Todas essas fotos foram feitas com celular nesta primavera/verão que está com muito mais cara de outono/inverno. Não importa, o espetáculo diário é fascinante.

A árvore do amor

O diretor chinês Zhang Yimou, conhecido no Brasil por filmes de sucesso como Lanternas Vermelhas, O clã das adagas voadoras, entre outros, nos presenteia agora com A Árvore do Amor, em cartaz na cidade.
Um dos filmes mais bonitos que assisti atualmente.
Em uma China de Mao Tsé-Tung, durante a Revolução Cultural nos anos 60, a história baseada em fatos reais do jovem casal Jing e Sun, que se conhecem nos campos rurais onde Jing fazia reeducação com os camponeses, como parte da ação politica de Mao.
É uma história de amor arrebatadora, com uma fotografia que nos eleva ao melhor do cinema, além de nos mostrar com delicadeza, um verdadeiro amor.
Zhang Yimou nos faz chorar até a última lágrima de emoção; é desconcertante. Imperdível.

Passaporte para a China

Passaporte para a China é o mais novo livro de Lygia Fagundes Telles, uma coletânea de suas crônicas escritas por conta de uma viagem de 20 dias a Pequim e Shangai.
Lygia é uma daquelas escritoras intuitivas e de sensibilidade muito forte. Com sua extensa biografia, esta paulista de 88 anos tem um extenso currículo e o que há de melhor na literatura brasileira. É bem provável que As Meninas e Ciranda de Pedra, sejam os seus romances mais conhecidos por aqui, embora seus livros de contos sempre me encantaram. E são muitos.
Sem falar de antologias, crônicas e coletâneas.
Lygia Fagundes Telles é uma escritora premiadíssima com prêmios como o Jabuti, Academia Brasileira de Letras, Prêmio Guimarães Rosa, Camões, Intituto Nacional do Livro, etc.
Em sua entrevista para o Jornal O Globo no mês passado ela disse a seguinte pérola para quem gosta, como eu, de escrever crônicas:
" De repente você olha algo e inspira. Você inspira o objeto e, quando depois o expira, vem a criação literária. Você olha algo e recebe aquela mensagem misteriosa. Pode ser um ser vivo, pode ser um objeto ou uma paisagem".
Adorei.