domingo, 25 de setembro de 2011

Rock'n Roll

Em 1985 eu era uma jovem de 20 e poucos anos e foi exatamente neste ano em que descobri ter um probleminha na coluna depois de tantos dias e horas em pé. Diagnóstico do ortopedista: 5 dias de Rock in Rio dá nisso.
Sempre gostei de rock e continuo gostando de ir a shows, hoje em menor intensidade, é verdade.
Nesta nova versão de 2011 ainda não fui, mas vou.
Vou na curiosidade de ver o evento, o Rock Street, as pistas eletrônicas, os palcos Sunset e Mundo e os shows, claro!!
Tenho visto pelo TV e me sinto como no Carnaval com a transmissão dos desfiles das escolas de samba. Falta a vibração e a energia de estar lá ao vivo.

Vinte e cinco anos se passaram e naquela época não tinha celular, transmissão ao vivo e nem arrastão. E nem shows de axé music. Ok... a diversidade é uma das palavras do momento.
O show mais estranho na época foi da alemã Nina Hagen. Uma excentricidade jamais vista, hoje um pouco como a Lady Gaga.
O primeiro Rock in Rio foi um grande marco desses eventos de grande porte na cidade. O maior problema era a volta para casa, o que não mudou nesta nova edição. E olha que o numero de carros triplicou de lá pra cá.
Paralamas, Blitz e Barão Vermelho, foram as bandas brasileiras em destaque. Yes, Queen e James Taylor foram meus shows internacionais inesquecíveis.
Fred Mercury hors-concours e imbatível na lista dos melhores.
Cada coisa que a gente lembra.... a cerveja Malt 90 era uma das patrocinadoras do evento. Cerveja o que? Ainda bem que não existe mais.
Enfim, que esses dias de festival sejam vibrantes e com boas recordações, como as que tenho da primeira versão.

A programação do evento : www.rockinrio.com.br

E chegou a primavera

"Sejamos como a primavera que renasce cada dia mais bela... exatamente porque nunca são as mesmas flores."
Clarice Lispector

"O segredo dessas flores fechadas é que exatamente no primeiro dia da primavera elas se abrem se dão ao mundo."
Clarice Lispector

"Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira."
Che Guevara

"Aprendi com a primavera a deixar-me cortar e voltar sempre inteira."
Cecilia Meireles

"A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la."
Cecília Meireles

"Quero apenas cinco coisas... primeiro é o amor sem fim.
A segunda é ver o outono, a terceira é o grave inverno.
Em quarto lugar o verão e a quinta coisa são teus olhos.
Não quero dormir sem teus olhos. Não quero ser sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando."
Pablo Neruda.

A primavera de Tim Maia

Contra a Corrupção

A passeata na Cinelândia do último dia 20, organizada pelas redes sociais, reuniu um público que, segundo as informações oficiais, variaram de 2.500 a 5.000 pessoas. Acho um número muito pequeno para o tamanho da corrupção em nosso país. Mas, como dizem os mais otimistas do que eu, é necessário inciar esse movimento e voltar a levar as pessoas para as ruas. Insistir, insistir e insistir.
Depois de tantos anos sem ir à uma manifestação de rua e na Cinelândia, coisa que fiz muito na época de faculdade, foi emocionante andar por ali novamente e ver as pessoas. Muitas delas as mesmas de sempre e muitas novas, de outras gerações.
Uma reciclagem política. Acho que é isso que estamos precisando.
Os organizadores da passeata estão convocando para outra no feriado do dia 12, desta vez na praia de Copacabana. Vamos ver.
Compartilhe honestidade. Este é o lema da campanha.

Olhando a passeata







quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Blog de cara nova

Depois de 2 anos e meio com a mesma configuração resolvi mudar a cara do blog. Acho que ficou mais leve. Espero que gostem.

Lagoa

Rodrigo de Freitas foi herdeiro de seu pai, também Rodrigo de Freitas, que era dono de terras as margens de uma grande lagoa no séc.XVI, conhecida pelos índios como Sacopenapã.
Provavelmente, Rodrigo nunca pensou que essa mesma Lagoa se tornaria um dos mais belos pontos turísticos do Rio de Janeiro. Todas às vezes que passo por ela, não me canso de admirar sua beleza. Pode ser à tarde, à noite, com sol, com chuva, nublado ou não... Ela é bela em todas as circunstâncias climáticas. Morar em um daqueles prédios antigos de apartamentos grandes de frente para a Lagoa é sonho de consumo.
Lembro tanto do filme Meu nome não é Johnny, de Mauro Lima, na cena em que Johnny sai da cadeia de carro com um amigo e quando ele vê a Lagoa, seus olhos se enchem de lágrimas de tanta emoção. É isso, a Lagoa é pura emoção.
Por morar em suas proximidades, sempre passeio por ali e quando minha filha era pequena, a Lagoa e o Parque Lage, eram nossos passeios preferidos.
Clarice tinha um pequeno macaco de pelúcia branco chamado Tião que compramos em uma feira de artesanato em Teresópolis após amor à primeira vista. Quando ela viu o macaco pendurado na barraca, começou a gritar e balançar os pézinhos e mãozinhas dentro do carrinho. Ao macaco só restou se jogar do alto da barraca no colo dela após o vendedor desprendê-lo.
Ela não largava esse macaco por nada do mundo e em um desses passeios matinais, paramos o carrinho na entrada do deck do Vasco, à beira da Lagoa para admirarmos a paisagem. Estava ventando e o vento aumentou tanto que Tião fugiu das pequenas mãozinhas de Clarice e mergulhou na Lagoa!
Eu entrei em pânico e ela começou a chorar. A berrar!
Rapidamente tirei meu tênis e me dirigi para as escuras águas da Lagoa. No local em que estávamos tem uma pequena prainha de areia e foi por ali que entrei. Acho que nunca me estiquei tanto na vida, pois não queria me molhar muito. Com um galho na mão consegui pegar o danado do Tião de volta, que saiu verde e pingando de dentro d’água. Clarice batia as mãozinhas com o sorriso mais lindo que eu já tinha visto
Depois de eu ter me tornado elástica como a Senhora Incrível e colocado o Tião na máquina de lavar, pensei como seria bom se a Lagoa fosse um local onde pudéssemos nos banhar em águas límpidas, mas isso faz parte de outro sonho.

Um pouquinho da Lagoa





15ª Bienal do Livro e Art-Rio

1. A 15ª Bienal do Livro está acontecendo no Rio Centro ( de 1 a 11 de setembro) No primeiro fim de semana o público bateu recorde de todas as bienais com 200 mil pessoas! Um número bastante significativo para um país onde ler não é prioridade. O evento conta com 950 expositores e mais de mil lançamentos, sem contar as mesas e debates literários de vários assuntos com autores e mediadores das mais diversas áreas editoriais.

E para minha alegria, uma antologia sobre crônicas e contos do Rio de Janeiro, do qual escrevi um texto, será lançado dia 9/9 no Auditorio José Lins do Rego, no Pavilhão Verde do Rio Centro, às 20 horas. O livro Rio de Janeiro-Palavra Maravilhosa tem selo da Editora Litteris.





2. Outro evento importante que acontece na cidade é a Feira Internacional de Arte Contemporânea do Rio de Janeiro, de 8 a 11 de setembro no Pier Mauá. Um boa oportunidade de visitarmos a área revitalizada do Porto do Rio e vermos o que nossas artistas andam criando e encantando brasileiros e estrangeiros.
Maiores informações e programação: http://www.artriofair.com.br/

Nota

Se as redes socias realmente fazem a diferença, a convocação para a passeata do dia 20/9, contra a corrupção que está no facebook dará certo. Não podemos mais nos calar e ficarmos de braços cruzados. A Parada Gay consegue colocar nas ruas 4 milhoões de pessoas em torno de uma causa. A nossa causa é a ética e independente de partido político, acho que devemos marcar presença nesta passeata. Há quanto tempo voce não vai a uma passeata em prol de alguma coisa? A hora é essa. Sonhar não custa.

Dia 20/9 às 17 horas na Cinelândia - Centro do Rio.

Polêmicas

Volta e meia estreia um filme em que alguns amam e outros odeiam. E é sempre bom vermos esses filmes para que possamos participar das discussões sobre eles.

No momento temos A árvore da vida, do americano Terrence Mallick e Melancholia, do dinamarques Lars Von Trier. Um nos mostra entre outras coisas, a criação do mundo e o outro a destruição dele. Confesso que mesmo sendo apocaliptico, preferi Melancholia. É um belo filme com um elenco extraordinário. Lars Von Trier já é polemico por natureza em todos os filmes que dirige. Já Terrence Mallick tem uma filmografia menor e nada polêmica. Os dois filmes são angustiantes a sua maneira. Não são filmes 'lights', são filmes bons para uma boa conversa após a sessão e isso para mim é uma das grandes magias do cinema. Além de nos levar para onde passa a historia nos dá a oportunidade de discutir sobre sua obra após a exibição. Em grupo e com um drink é melhor ainda. Está na minha lista das coisas boas da vida.