sábado, 28 de novembro de 2009

Um dia de arte

Arte, do latim Ars geralmente é entendida como atividade humana ligada a manifestações de ordem estética feita por artistas a partir de percepção, emoções e idéias, com o objetivo de estimular essas instâncias de consciência em um ou mais espectadores.” – Wikipédia

O Rio de Janeiro é uma cidade em que no verão podemos sair com um biquíni por baixo do vestido, pois sempre haverá uma oportunidade de irmos até a praia dar um mergulho e ver o pôr-do-sol.
Fui acompanhar um ensaio fotográfico para depois, no final do dia, dar um refrescante mergulho no mar.
Este set de fotos com 5 atores/bailarinos foi comandado, regido, pensado, musicado e dirigido cinematograficamente pelo fotógrafo Sergio Caddah.
Tem pessoas que possuem um dom especial e uma capacidade para criar e transformar tudo o que tocam e fazer de um pequeno quintal, um verdadeiro Jardim do Éden!
Caddah é assim, e com seu pensamento rápido, delicadeza e a certeza do que quer, ele realiza magistralmente suas idéias.
O senso de estética e beleza que transcende os padrões que a mente humana é capaz de perceber sem preconceitos, foi a forma criativa encontrada por Caddah para fotografar essas pessoas em momentos de total liberdade com seus corpos e sensações
.
Com bailarinos em uma banheira solta no meio do nada onde transbordava o leite, a água, a luz, os sentimentos e o prazer em estarem ali, as fotos fluíram naturalmente. É incrível como a arte nos faz ultrapassar os limites do provável e do improvável.
Foi para mim e provavelmente para todos ali, uma das experiências mais emocionantes artisticamente.
Quando um grupo de pessoas se une para produzir uma ação que requer reação e amor, o resultado não poderia ser outro: uma catarse absoluta.
Catarse, segundo o filósofo Aristóteles, é a purificação das almas por meio de uma descarga emocional.
Ponto para ele. Acertou em cheio.
Eram duas horas da manhã quando o trabalho terminou.
Adiamos o mergulho para o outro dia ...


*As fotos foram feitas para o projeto Boca do Lobo, concepção do bailarino Bruno Cezário previsto para dezembro de 2009.

Novembro no Rio.....




Dicas

* Cinema ao ar livre - o melhor programa deste verão:
Vale Open Air - Jockey Club
De 26/11 a 13/12
Sempre um show após o filme e uma bebida gelada!
www.valeopenair.com.br

* Novidades no Jardim Botânico:

1. Inaugurado em 10 de novembro um novo portão de entrada de pedestres pela Rua Pacheco Leão. Este portão foi construído graças a solicitação de moradores e associados e vai facilitar a vida de muitos visitantes.

2. Ainda por conta das últimas comemorações do Ano da França no Brasil, a exposição Glaziou e os Jardins Sinuosos, ficará em cartaz até 15 de janeiro de 2010. O paisagista e botânico francês Auguste Glaziou ( 1833-1906) viveu um bom período no Brasil e foi o responsável por diversos jardins em nossa cidade. A exposição reune um pouco de arte, ciência e história.

http://www.jbrj.gov.br/

Lua Nova

Fui adolescente nos anos 70 e hoje, ter uma filha adolescente é muito interessante porque podemos fazer uma reciclagem do que acontece no mundo da música, dos shows, dos filmes, dos bares, das novidades eletrônicas, ... a casa vive cheia e é muito bom respirar toda a vida que essa turma exala.
A saga dos filmes de vampiros em cartaz na cidade, Crepúsculo e agora Lua Nova e brevemente Eclipse e Amanhecer, é um fenômeno de bilheteria em todos os países onde está sendo exibido. Fenômeno de venda também nos livros.
O livro, sinceramente eu não preciso ler, mas os filmes me interessam.
Ao assistir Lua Nova ficou muito claro o porque de tanto sucesso.
Claro que essas histórias de vampiros, lobisomens, dráculas e zumbis, têm um atrativo especial e levam milhares de pessoas as salas de cinema, pois o imaginário e a curiosidade sobre esses seres sobrenaturais são um que a mais aos olhos do público. São personagens perigosos, imortais e fascinantes.

O vampiro vegetariano Edward, é um Romeu exatamente como o que Shakespeare escreveu em 1591!!!
Um personagem incondicionalmente apaixonado, atormentado, sensível, cavalheiro, angustiado, lindo e vampiro. É exatamente essa a razão de tanto sucesso: o amor de Edward.
Que mulher no mundo não gostaria de ter alguém tão apaixonado e que a amasse dessa maneira?
Em uma época onde cada um quase se basta a si mesmo e o amor anda afastado da vida das pessoas, a estréia de um filme sobre o amor entre dois jovens, mesmo que sobrenatural, é a explicação deste fenômeno.
Que seja pelo amor.

Minha singela homenagem ao dia 20 de novembro


sábado, 14 de novembro de 2009

O Silêncio

Com a vida moderna que levamos cheia de aparelhos eletrônicos eternamente plugados nas tomadas, tem sempre um hummmmmmmm bem lá longe em nossos ouvidos.
Com a noite do apagão, o silêncio foi total.
Não tinha estabilizador de computador, ar condicionado, ventilador, motor de geladeira, motorzinho de aquário, bomba d’água da piscina do vizinho, não tinha música, não tinha nada. O silêncio era absoluto.
Imagino que em algumas ruas os carros e as sirenes estavam enlouquecidos, mas na minha não tinha nada.
Foi uma sensação que há muito eu não experimentava.
Isso só acontece quando estamos totalmente no meio do mato.
Me senti em um intervalo entre o mundo moderno e o mundo antigo:
silencioso e iluminado por velas.
Como se fosse uma pausa para respiramos um pouco e refletirmos com o que estamos fazendo conosco e com o país em que vivemos.
Pausas são sempre bem-vindas: no estudo, no trabalho, no filme, no amor, no exercício...

Pois é aquele minuto em que respiramos fundo, soltamos o ar devagar e damos continuidade a vida.

A Rua

a simplicidade
o jardim
as floresa arteas frutas
a força da natureza

a vila


a benção
o cantinho

Muro de Berlim (1961-1989)

Todo mundo tem uma história para contar sobre o muro de Berlim que agora no último dia 9 de novembro fez 20 anos de sua derrubada, levando junto com os destroços uma inesgotável história sobre a Guerra Fria e o maior confronto entre o Ocidente e o Oriente.
As comemorações festivas da liberdade dos 20 anos sem muro contou com intervenções e instalações artísticas, shows, discursos de políticos dos 4 cantos do mundo, lembranças tristes e felizes, etc.
A minha história sobre o muro é simbólica:
Nesta época, em 1989, eu trabalhava com o Cacá Diegues e ele tinha feito o filme Dias Melhores Virão que causou uma polêmica enorme pois estreou primeiramente em horário nobre na TV Globo. Experiência inédita e única na época.
O filme foi selecionado para o Internationale Filmfestpiele Berlin (IFB, Berlinale), um dos mais importantes festivais de cinema da Europa e do mundo.
E Cacá embarcou a convite do festival, com sua mulher Renata Magalhães e a dupla Rita Lee e Roberto de Carvalho. Rita Lee era atriz do filme e, sinceramente, não lembro se mais alguém do elenco embarcou nesta viagem.
Bom, viajar para Berlim já é bastante interessante, acompanhado de Rita Lee, melhor ainda, e divertido! E exatamente na época da derrubada do muro.
Foram muitas histórias e fotos engraçadas e interessantes que ouvimos depois que eles retornaram.

Eu não estava lá, mas ouvir os relatos de quem estava e ganhar de presente o meu pedaço de muro pichado e pintado de vermelho que guardo com muito orgulho na minha estante........”como um troféu no meio da bugiganga,.......ai de mim que sou romântica....”

Cinema Francês

Sempre fui fã do cinema francês desde a Nouvelle Vague.
Gosto da língua e da maneira como eles contam suas histórias.
Gosto de seus atores, diretores e roteiristas.
Gosto especialmente de suas locações!!
Neste momento temos uma curiosidade: dois filmes franceses em cartaz e ambos dirigidos por mulheres.
Coco antes de Chanel (Coco avant Chanel), de Anne Fontaine e Algo que você precisa saber (Quelque chose a te dire), de Cécile Telerman.
Dois filmes completamente diferentes um do outro e que seriam mais diferentes ainda se fossem dirigidos por homens.
O olhar seria outro.
Coco Chanel é um filme extremamente feminino e o que mais impressiona é a maneira como aquela pequena moça conseguiu transformar a moda e acabar com o reinado dos espartilhos e das roupas cheias de frufrus, de uma maneira tão natural, cheia de estilo, moderna e elegante.
Sem contar que sua ‘maior obra’ é o pretinho básico.
Já vale o filme!
Quelque Chose é uma história familiar delicada e mirabolante aonde os personagens vão se cruzando naturalmente e o enredo se desenvolvendo.
Uma delícia de assistir.
Programa bom e no ar-condicionado!

Uma frase apenas


'Aprendi que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular'.

Willian Shakespeare